A recente implementação de uma nova moratória pelo Governo tem sido vista como uma tábua de salvação para muitas famílias portuguesas com crédito à habitação. É fundamental entender em detalhe como é que esta medida funciona e como é que pode influenciar as finanças dos agregados familiares a curto, médio e longo prazo. Portanto, neste artigo vamos responder a várias perguntas que, certamente, quer ver, urgentemente, respondidas.
Quem Pode Beneficiar da Moratória?
A nova moratória do Governo, que serve de apoio às famílias com crédito à habitação, é acessível a todos aqueles que tenham celebrado um contrato de crédito para aquisição de casa própria e permanente até 15 de março de 2023. Esse contrato deve ter uma taxa de juro variável ou mista ( desde que esteja a decorrer o período de tava variável), com um prazo residual igual ou superior a cinco anos. Além disso, a moratória pode ser ativada para contratos feitos para uma transferência de crédito, independentemente da data que foi celebrada.
Qual é o Impacto no Orçamento Familiar?
A nova moratória não implica uma redução no montante total da dívida do crédito, mas sim um alívio no orçamento familiar no presente. Isso é alcançado através de um desconto de até 30% no indexante (taxa variável) durante dois anos. Contudo, é importante destacar que esse desconto será pago pelas famílias posteriormente, ao longo da duração do contrato de crédito à habitação.
Qual é o Desconto que Será Aplicado na Prestação?
O valor do desconto na prestação varia dependendo do indexante, do spread e do prazo do contrato de crédito à habitação. O limite máximo de desconto é de 30% em comparação com a prestação atual. Os cálculos sugerem que a moratória pode resultar numa poupança entre 12% e 14%, dependendo do indexante e do prazo do empréstimo.
O spread, o prazo do contrato e a Euribor atual também influenciam o alívio mensal gerada pela moratória.
Posto isto, a adesão à moratória proporciona uma pausa temporária na prestação da casa, aliviando o orçamento familiar no curto prazo. No entanto, é crucial compreender que esse benefício será compensado posteriormente, ao longo da duração do contrato de crédito à habitação. É fundamental avaliar as implicações a longo prazo antes de optar pela moratória, garantindo uma decisão financeira informada.
Não obstante desta medida, a boa notícia é que existem outras soluções que o podem ajudar a respirar de alívio.
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